domingo, 20 de agosto de 2017

Cultura Racional

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Cultura Racional é uma seita[nota 1][1] brasileira[nota 2] derivada da Umbanda fundada em meados da década de 1930 pelo médium carioca Manoel Jacintho Coelho, então presidente de um centro umbandístico denominado Tenda Espírita Francisco de Assis. Coelho também esceveu uma série de mil livros denominada Universo em Desencanto, uma enciclopédia extensiva das ciências terrenas e espirituais. A obra é de importância essencial na Cultura Racional.


Origens[editar | editar código-fonte]

Durante as primeiras décadas do século XX as perseguições às religiões afros aumentaram, sendo os praticantes desses segmentos religiosos perseguidos e vigiados pela polícia, principalmente entre os anos de 1930 e 1945.[2] Para fugir a essa perseguição e serem aceitos pela sociedade, notadamente a classe média urbana, algumas religiões afros passaram por um processo de desafricanização e branqueamento,[3] processo este em que buscavam se diferenciar do chamado baixo espiritismo, visto por esta sociedade como atrasado e rude, e ao mesmo tempo construir uma "legitimação racional”.[4] Para tanto, um grupo dos chamados “Intelectuais da Umbanda”[5] trabalhou intensamente para dotar a Umbanda de uma base doutrinária e de conhecimentos escritos, diferenciando-a assim das práticas do 'baixo espiritismo'.
Neste contexto foi que surgiu em 1935, em um centro de Umbanda, na rua Lopes Freire, 89, Méier, cidade do Rio de janeiro, a Cultura Racional.
A este panorama de legitimação racional e de letramento, anteriormente descrito, se deve o fato da Cultura Racional apresentar como proposta de ter nos livros a fonte de sua doutrina e de pregar fortemente a leitura como o caminho para a “salvação”,[6] descrita em sua escrituração como a Imunização Racional, como se constata já no primeiro livro da seita:
E também explica o seu discurso de negação às religiões espíritas[nota 3], principalmente as de origem africanas:
Ou ainda:
Assim, Cultura Racional adotou a estratégia idêntica a de várias movimentos religosos, que para atrairem adeptos entre os desiludidos das religiões tradicionais, negam, em primeiro momento, o seu caráter religioso, se dizendo apenas um conhecimento transcendental ou filosófico. Portanto, os integrantes da seita se esforçam em negar e esconder que na verdade fazem parte de um movimento religioso.
Somente após um determinado tempo, o adepto vem a saber, através de um livro da seita que, desdizendo o que foi dito no primeiro livro, a Cultura Racional é sim uma religião:

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